Em entrevista com Mara Gabrilli, Deputada Federal autora de um projeto de Lei que defende o direito dos autistas às políticas públicas, Jô Soares comentou sobre dificuldades que teve com o tratamento de seu filho Rafinha, que perdeu recentemente.
Jô conta que recebeu vários diagnósticos e muitas indicações de tratamentos exóticos antes de ser constatado que Rafinha tinha autismo. “Há 50 anos, no Brasil, não havia nem a terminologia”. O apresentador revela que chegou a ouvir absurdos sobre a situação do filho. “Quando o Rafinha fez 2 anos, um médico disse para a Theresa: 'esse menino aí, o melhor que você têm a fazer é fazer outro, porque esse não vai falar, andar e escrever'. E ele acabou falando, inclusive inglês, e tocava piano”.
Segundo Mara, a lei é de extrema urgência, pois os autistas precisam ser considerados pessoas com deficiência para passarem a ter um atendimento público ideal. “Atualmente, não existe autismo como uma disciplina obrigatória na faculdade de Medicina. Isso tem que mudar para que a gente tenha diagnósticos precoces”.
Seu projeto de Lei foi aprovado em 2012, sancionado pela presidente Dilma Rousseff, mas ainda não foi regulamentado por conta de alguns entraves.
Para a deputada, o próximo passo para a regulamentação do projeto de lei é começar a capacitar os profissionais. “A gente precisa de um atendimento especializado e de uma saúde e educação especializadas”.
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