Olá queridos amigos! Venho compartilhar com vocês as fotos de uma palestra que fiz na UCS sobre autismo na semana acadêmica de psicologia. Fui convidada pelas alunas de psicologia Gabrielli Rocha e Luani Paim, as quais sentiram interesse em levar o tema à sociedade.
Como todos sabem, tenho dois lindos e adoráveis filhos e o meu caçula Ângelo me trouxe esse desafio especial: conhecer o autismo.
O autismo é um distúrbio abrangente que afeta a comunicação social e o comportamento. Ele pode acontecer em qualquer família e é mais frequente em meninos do que em meninas.
Apesar de ter graduação e duas pós-graduações, precisei procurar cursos específicos e direcionados ao autismo, pois ainda encontramos carência de informação atualizada nos cursos de formação. Enquanto poucos procuram conhecer, outros tantos estão presos em conceitos antigos nas universidades.
Sei que muitos profissionais defendem a idéia de que as crianças não perdem habilidades e sim os pais não percebem as características do autismo em crianças muito pequenas. Diante da experiência de antes ter sido mãe de uma criança típica, posso afirmar que meu filho apresentou regressão a partir de um ano e meio após uma febre. O filho de uma amiga próxima, se desenvolveu como uma criança típica até os 6 anos e depois de crises convulsivas, perdeu habilidades. E uma infinita lista de pais que perceberam sim, regressão do comportamento em seus filhos. Porém, há aqueles que acionam o sinal de alerta ainda quando bebês: mamam sem olhar para mãe, são muito quiétinho, não choram quando estão com a fralda suja, não estranham as pessoas que não são do seu convívio ou preferem o berço do que o colo da mãe. Esses sinais não definem um diagnóstico, mas pode-se iniciar uma intervenção.
Além de inúmeros cursos, frequento grupos de estudos desde a fase em que ele regrediu. Os grupos são formados por pais e profissionais e alguns acontecem de forma virtual. Porém, não existe formação maior do que o dia a dia, sentir na pele, aprender diante da experiência e do amor. Muito amor.
Engana-se quem lê sobre autismo, convive com uma pessoa com autismo e julga-se entendedor da síndrome. Apesar das mesmas dificuldades, as pessoas a vivenciam de forma diferente. Existe um indivíduo com preferências, sonhos, desejos, humor antes de olharmos o diagnóstico.
Algumas pessoas com autismo são capazes de viver de modo relativamente independente, mas a maioria precisará de apoio especializado para o resto da vida.
Acreditamos que a informação seja a nossa maior arma para acabar com o preconceito e promover a verdadeira inclusão na sociedade. Afinal, ser diferente é ser normal, ser indiferente que não é.
Contamos sempre com o apoio daqueles que verdadeiramente estão dispostos a acrescentar na vida do próximo.
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