quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Companhia Aérea nega embarque de jovem com paralisia e caso vai parar na polícia

Quanto preconceito ainda existe diante ás diferenças... Lamentável!
Azul diz que recusou transporte para garantir segurança dos passageiros. Anac notificou a empresa para que dê uma resposta sobre a recusa.
A companhia Azul Linhas Áereas negou o embarque de um passageiro adulto com paralisia cerebral e o caso foi parar na polícia nesta terça-feira (30). A mãe do jovem de 33 anos, Mariângela Beghini, registrou um boletim de ocorrência por discriminação em Campinas (SP).
A família embarcaria para Curitiba, no Paraná, no aeroporto de Guarulhos, nesta manhã. No entanto, a viagem não aconteceu porque para a empresa, o jovem não poderia viajar dentro de uma aeronave. “Se pelo menos eles tivessem entrado em contato comigo antes, eu teria como recorrer, pegar um laudo do médico dele particular ”, conta a mãe.
Para confirmar a viagem, a mãe do rapaz afirma que seguiu todas as exigências previstas no caso de passageiros com necessidades especiais. Ela preencheu um formulário extenso sobre as características e condições físicas do filho e enviou o documento no dia 19 de dezembro.
Sem a confirmação do voo previsto para esta manhã, Mariângela cobrou uma resposta da empresa aérea um dia antes da viagem. A Azul alegou que tentou um contato com a família, mas não conseguiu e enviou uma declaração dizendo que recusou o transporte do passageiro para garantir a saúde e segurança dele e dos demais passageiros.
“Ele é muito sociável, ele está comigo em todos os lugares, nós vamos em restaurantes e passeios e ele não dá trabalho nenhum. A proteção dele, a segurança dele, estaria eu e meu marido no voo, então, ele não precisaria de nenhuma ajuda”, explica a mãe.
Após o transtorno, a família conseguiu comprar passagem para Curitiba, mas por outra empresa aérea. “Eu acho que as pessoas com deficiência não podem ser desrespeitadas. Ninguém pode ser. A gente tem que mostrar que eles estão aí, são pessoas iguais a nós, e acho que a inclusão está aí”, destaca a mãe.

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