terça-feira, 19 de abril de 2011

2ª Semana de Conscientização do Autismo de Volta Redonda

Considerei lindo o trababalho de Volta Redonda através da APADEM em sua meta de divulgar o autismo. Trabalhando em transmitir informação à sociedade em geral, mais oportunidades e menos preconceito aos portadores da síndrome.



Fonte: APADEM

Prece de um Autista

Pai:

Se existisse um mundo,
Sem guerras e sem paixões,
Sem beijos mas sem traições
Sem dissimulações, sem mentiras,
Sem lutas por posições.
Um mundo prá se viver
Sem precisar se esconder
E onde fosse possível
Ler sem ser interrompido
Sonhar, mesmo sem ter dormido
Correr sem medo do tombo
Crescer sem ser corrompido
Um mundo pra ser feliz
Sem nada de hipocrisia
Sem arma ou fisiologia
Sem ter medo do escuro
E sem ter pavor do dia

Pai:

Se existisse um mundo assim,
Não criava um só prá mim!


Autor: Manuel Vázquez Gil
Psicólogo e Psicanalista Clínico,
com Mestrado e Doutorado em Psicanálise.
Tem um filho autista.
Não clinica.
vazquezgil@globo.com

Aprendendo com os Erros


Todo mundo sabe o gostinho amargo que o erro nos proporciona e isto não é um sentimento apenas no mundo infantil. Até mesmo na vida adulta falhar gera frustrações.
Algumas crianças sofrem demais diante de seus erros, podendo inclusive desistir do que estavam tentando conseguir por conta disto.
O jogo da Senha nos permite trabalhar com a criança que errar às vezes é preciso para acertar. Neste caso, o erro nos mostra que podemos fazer certo na próxima oportunidade, corrigindo-o e não repetindo-o. Além disso, este jogo trabalha com a capacidade de fazer hipóteses e levar em consideração o que já se havia feito.
Para crianças que não lidam muito bem com o sentimento frustrante do erro, é uma sugestão, pois sempre queremos que nossos pequeninos superem suas fraquezas e alcancem o seu melhor.
Vale lembrar, que o jogo por si só não tem valor nenhum, os resultados se obtém através da interação e do diálogo de quem conduzir a brincadeira.

Algumas Dúvidas sobre o Autismo

1. O que é autismo?
Trata-se de um distúrbio que afeta o desenvolvimento da criança já nos três primeiros anos de vida,vespecialmente em determinados aspectos:

Linguagem
A doença pode acarretar limitações na fala. Em casos extremos, os pequenos autistas não conseguem, de fato, progredir na comunicação verbal.

Interações sociais
O isolamento é uma característica que se manifesta frequentemente nesse grupo. Não raro, ocorre a dificuldade em estabelecer relações sociais, que geralmente se dão por meio de interações curtas.

Variabilidade comportamental
Os autistas exploram seus brinquedos de maneira restrita, focando apenas um detalhe ou uma função específica do objeto. Além disso, apresentam comportamentos repetitivos e autoestimulatórios, intolerância a mudanças na rotina ou na disposição do ambiente.

2. Existem diferentes graus de autismo?
Algumas crianças manifestam sintomas mais brandos, enquanto em outras eles aparecem de maneira mais agressiva. Há casos em que há também uma associação com outras enfermidades, como deficiência mental, distúrbio alimentar, do sono ou transtorno obsessivo-compulsivo. Diante de tantas variáveis, fica difícil classificar os graus de autismo com precisão.

3. Como é o diagnóstico? Como posso saber se meu bebê é autista?
Cabe a um psiquiatra ou neurologista infantil a tarefa de identificar o autismo com base em avaliações clínicas, a partir da observação do comportamento do pequeno e dos relatos familiares. Não existem testes laboratoriais capazes de apontar a alteração. É por volta dos 3 anos de idade que as características do transtorno se tornam mais evidentes. Atualmente, alguns pesquisadores tentam identificar sinais precoces em bebês, antes mesmo de completarem 1 ano de vida.

Algumas características que fazem soar o alarme de risco são:

- O bebê não mantém o contato visual com quem fala com ele.

- Tentativas de brincadeiras, jogos ou mesmo vocalizações dos pais e familiares não costumam chamar a atenção da criança e a insistência chega a incomodá-la.

- A apatia e o isolamento nas relações sociais são típicos do problema. Frequentemente, a criança prefere ficar sozinha, focada em objetos luminosos, sonoros ou movimentos repetitivos.

- Irritabilidade excessiva, sem causa aparente, também requer atenção, assim como mudanças no comportamento alimentar – e recusa, vômitos recorrentes – e alterações de sono.

É importante ressaltar que esses sinais são apenas indicativos de que algo não vai bem com o seu bebê. Ao notar algum deles, a ordem é buscar o auxílio profissional.

4. O que desencadeia a doença? Fatores hereditários, metabólicos ou o problema ocorre ao acaso?
Embora ainda não haja estudos conclusivos, sabe-se que existe um componente genético relacionado a essa desordem. Também se desconfia que o problema esteja relacionado a infecções virais contraídas pela mãe durante a gestação.

5. O distúrbio é mais frequente em meninos ou meninas? Por quê?
O autismo é mais comum em meninos. A cada três ou quatro autistas, apenas um é do sexo feminino.

6. Existe tratamento? Como funciona?
Sim. O tratamento pode envolver desde o controle com remédios até acompanhamento fonoaudiológico, psicológico e terapia ocupacional.

O sucesso depende dos seguintes fatores:

- Idade do início da intervenção: quanto antes o tratamento começar, melhor será o prognóstico. Daí a importância de identificar os sinais de risco já nos bebês;

- Abordagem de tratamento adequada às características e limitações do paciente;

- Comprometimento da família durante esse processo;

- Rigor na adesão ao programa terapêutico que, em geral, dura pelo menos dois anos, com 40 horas semanais de acompanhamento profissional.

7. Meu filho vai se desenvolver normalmente?
Não é possível prever. Os pais devem sempre se esforçar para identificar as potencialidades de seu filho, encorajando-o a enfrentar desafios como qualquer criança. Não é recomendado adotar uma postura superprotetora.
Há casos de indivíduos que conseguiram uma boa evolução nas áreas cognitiva, afetiva, social e motora. Além disso, tiveram escolarização regular – com ou sem adaptação curricular – e obtiveram uma realização profissional.

8. Como funciona o aprendizado de uma criança autista na escola?
Não há um padrão, mas os portadores da disfunção podem enfrentar entraves em certas disciplinas.
Muitos conseguem acompanhar uma escolarização regular, sem adaptações. Outros necessitam de modificações curriculares devido à dificuldade de assimilar conteúdos inerentes a certas áreas de conhecimento, como matemática e português.

9. Como uma criança autista se relaciona como com os pais? É carinhosa como as demais?
Apesar de não demonstrar afeto da mesma maneira que as outras crianças, isso não significa que o autista não ame seus pais. Ele simplesmente se expressa de maneira diferente. O convívio permite que a família aprenda a identificar essas manifestações peculiares de carinho.

10. Qual a prevalência do autismo?
Nos Estados Unidos, a incidência é de um autista a cada 110 indivíduos.
Já no Brasil, infelizmente, os estudos epidemiológicos não fornecem dados precisos.

AUTISMO

O autismo guarda muitos mistérios e é um desafio para a ciência. Ainda não existe cura, mas é possível melhorar a qualidade de vida dos autistas.
Conheça um pouco mais sobre este transtorno nesta reportagem especial.

Vídeo:
Portal R7

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Mundo se uniu e se iluminou de azul para que uma só voz fosse ouvida: o Autismo. Mais conhecimento e menos preconceito!

Dia 02 de abril é data da Conscientização Mundial do Autismo e por ser um tema muito pouco esclarecido, pais, parentes, profissionais e amigos buscam chamar a atenção da população iluminando, distribuindo balões ou apenas vestindo a cor azul. O propósito de todos é quanto mais informação, menos preconceito, mais acolhimento.
Muitos perguntam, por que azul? Essa é a cor da Autism Speaks e representa que meninos têm 4 vezes mais probabilidade de ser diagnosticados com autismo.
Ao ver toda essa mobilização humana, me perguntei aonde encontraria Deus e percebi que Ele estava um pouco em cada um tentando fazer a diferença na vida das pessoas com autismo.
Fica a todos um imenso agradecimento por perceberem que ninguém é melhor sozinho do que todos são juntos!
Infelizmente não conseguirei postar tudo que aconteceu nesta mobilização, tampouco citar nomes das pessoas que fizeram a diferença estar nela seja vestindo, iluminando de azul ou participando das manifestações porque são muitas, mas fica o imenso agradecimento!

Cristo no Rio de Janeiro abraça os autistas
Jogadores do Flamengo entram em campo com garotos autistas 
Senado em Brasília
 
Caminhada Ponte da Água Estaiada

Corrida pelo autismo
Abraço ao farol da Barra

Montenegro, a Praça Rui Barbosa
Monumento Mário Cravo em comemoração ao Dia do Autismo - Salvador Bahia!
Prefeitura de Bento Gonçalves
Itabira
Elevador Lacerda
Rio Grande do Sul
Porto Alegre

Santa Maria
Farroupilha
Estátua da Justiça
Ponte Estaiada, de São Paulo
Volta Redonda


Colegio Salesiano Loyola de Aranjuez - Madri/Espanha
 

A TERRA É AZUL e o AUTISMO TAMBÉM...
Muito obrigado pelo apoio!


Algumas fontes de imagens:

Autismo e Vida
Prefeitura Bento Gonçalves - RS
Autismo - Lição de Vida
Congresso Iluminado
Por um Mundo Melhor
Fim de Jogo - Flamengo
Vale do Caí
APADEM

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Crianças e jovens com dificuldade de aprendizagem podem ter TDAH

Problema pode ser superado com uso de medicamentos e acompanhamento escolar diferenciado


Pedro Assis Prudente Cerqueira de Morais, 14 anos, não perde o caminho da bola quando está no futebol. Com os games, da mesma forma: o garoto é fera e consegue terminá-los sem perder o foco. Na escola, entretanto, as coisas não são tão simples. A partir do sexto ano, seu rendimento foi caindo, a despeito do esforço. "Ele começou a ficar frustrado, porque esperava ter boas notas e não obtinha o resultado", lembra a mãe, a administradora Suelma Assis Prudente de Morais, 41.

Em uma ocasião, Pedro sofreu um tombo e Suelma achou melhor levá-lo a um neurologista. No consultório, diante dos exames, ouviu, estarrecida, uma descrição do filho. "Eram certos comportamentos do Pedro como, por exemplo, o de não apagar a luz quando saia do quarto ou mesmo o hábito de jogar as roupas no chão. Às vezes, pedíamos duas coisas e ele só fazia uma, se não enfatizássemos bastante o que queríamos. E o médico descreveu tudo isso."

O adolescente, à época com 12 anos, foi diagnosticado com Transtorno do Déficite de Atenção com Hiperatividade (TDAH), problema cada vez mais comum no ambiente escolar, mas ainda pouco discutido entre os profissionais da educação. Para o pesquisador e professor de neurologia infantil da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Aucélio, os métodos pedagógicos atuais fazem com que crianças e adolescentes sejam exigidos além de sua capacidade etária.

No caso dos que possuem TDAH, essas exigências tornam mais evidente a necessidade de um tratamento, já que as dificuldades não tardam a aparecer. "Hoje, a informação chega muito mais rápido e com maior complexidade. A pessoa com déficite de atenção tem mais trabalho para processar essa quantidade de informação", afirma o pesquisador.

Para Cristiane, mãe de Linconl e Pedro, ambos portadores de TDAH, o fundamental é encarar o problema sem preconceitos: "É fácil demais culpá-los e ficar alheio depois"

O TDAH não é uma doença com diagnóstico simples. Segundo Aucélio, ela é uma enfermidade neurocomportamental, muitas vezes caracterizada pela hiperatividade (desejo de fazer muitas coisas ao mesmo tempo e sem efetividade). Já o déficite de atenção é a dificuldade em se concentrar - aspecto que traz maior transtorno na escola. "E quando você tem a hiperatividade associada ao déficite de atenção, além de um prejuízo na escola, há um prejuízo social, já que pouca gente suporta ficar perto de uma criança hiperativa."

Suelma conta que o problema do filho não foi facilmente assimilado pela família, sobretudo pelo marido dela. Ocorre que o TDAH é muitas vezes confundido como uma forma de as crianças e os adolescentes escaparem das responsabilidades. "Porém, quando ele entendeu, deu total apoio e hoje temos a prova que um bom ambiente familiar é imprescindível", enfatiza.

A identificação precoce do transtorno tem a vantagem de poupar o paciente de maiores aborrecimentos na vida adulta. "Uma vez que você entende que isso está acontecendo dentro da sua casa, começa a observar na sua família pessoas que têm o traços do TDAH e que não foram tratadas quando jovens. Elas apresentam dificuldades tanto pessoais quanto profissionais de lidar com a vida", analisa a administradora. Pedro é enfático ao reconhecer o papel da mãe no combate ao mal: "É sempre importante que ela esteja do meu lado, em todos os momentos. Principalmente nesses que envovem a escola, porque ela me dá incentivo".

Para Cristiane Alves Rodrigues, 40 anos, mãe de dois adolescentes com TDAH, Linconl, 15, e Pedro, 13, a escolha acertada da escola se mostrou central para o controle da patologia. "Meus filhos têm dificuldades que os fazem precisar de um tratamento diferente, que nem todo ambiente escolar pode oferecer", desabafa. O segredo para a boa convivência com os sintomas, diz ela, é jamais colocar a culpa da situação nas crianças. "É muito fácil agir assim e ficar alheio ao que realmente acontece."

Carlos Aucélio frisa que o diagnóstico do TDAH trabalha com várias circunstâncias, dentro das quais a vida social, familiar e escolar da criança, o histórico acadêmico dela, além dos antecedentes patológicos na família. "Há toda uma rotina, com critérios adequados para a idade, para afirmarmos o que está acontecendo com ela." O médico explica que isso é necessário porque o TDAH pode ser um sintoma de outros problemas, como transtorno bipolar ou alfabetização inadequada.

Mais uma vez são os pais quem devem ficar atentos. Aucélio diz que o momento de ver o médico é quando a criança ou o adolescente passa a ter prejuízos sociais em decorrência dos sintomas. Segundo o pesquisador da UnB, embora o diagnóstico não caiba à escola, é preciso que os profissionais da educação estejam cientes da problemática e alertem os pais.

Fonte ClicRBS

No Dia do Autismo, cidades se iluminam para chamar atenção sobre transtorno


 A ideia é mostrar que o amor, a solidariedade e a dedicação são remédios infalíveis

Lâmpadas e faixas azuis estarão espalhadas neste sábado, 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, por municípios gaúchos. A ideia é informar a população sobre o transtorno e mostrar que o amor, a solidariedade e a dedicação são remédios infalíveis. Foi essa união que fez de Guilherme, 12 anos, um menino especial.

Esses três ingredientes estimularam o lado cognitivo do garoto que, aos dois anos e meio de idade, teve o autismo diagnosticado. A mãe, de 47 anos, recebeu a notícia do transtorno com desespero, mas reuniu forças e, desde então, esforça-se para que o menino tenha uma vida normal.

Guilherme é diferente das outras crianças da idade dele. Conviver em sociedade o estimulou a conquistas que enchem de orgulho também as irmãs de 26 anos e 28 anos. Ele tem alguns atrasos no cotidiano, como ter deixado as fraldas aos sete anos, mas em compensação a sua facilidade com idiomas e o envolvimento com os livros fizeram com que, na mesma idade, já falasse inglês, espanhol e francês fluentemente.

As identidades dessa história foram preservadas a pedido da mãe para que o desenvolvimento do filho, que está na 6ª série do Ensino Fundamental de uma escola particular de Porto Alegre, não seja prejudicado.

O autismo é um transtorno de desenvolvimento definido por alterações que costumam se manifestar antes dos três anos e se caracteriza por comprometimentos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. Isso não impede que a criança frequente uma escola tradicional, como é o caso do Guilherme.

— Como ele tem facilidade com línguas, ele acaba ajudando colegas com dificuldades — conta mãe.

Conforme a psicóloga Viviane Ortiz, as crianças autistas são incapazes de entender ironias, perceber sutilezas em comportamentos ou diferenciar sentimentos.

— Eles são extremamente literais — explica a psicóloga.

Ausência de percepção e pouca sensibilidade não significam que não sejam afetivos. A psiquiatra Juliana Richter Dreyer explica que eles têm uma forma diferente de contato físico e que depende da família descobrir como seu filho gosta de demonstrar e receber amor:

— Geralmente, são intolerantes ao toque e não conseguem olhar no olho das pessoas. O modo de fazer carinho deles é diferente.

Para a médica, o segredo está em a família aceitar a criança como ela é.

O dia dedicado a debater o autismo foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2008 e ocorre simultaneamente ao redor do mundo.

Saiba mais

O transtorno

:: Ainda não se sabe o que causa o autismo, mas acredita-se que seja genética. É um transtorno de desenvolvimento. Geralmente está associado a doenças genéticas, como a síndrome do X frágil. O problema é descoberto por volta dos três anos.

Características do autista

:: Em geral, aparece acompanhado de outras doenças. As mais comuns são epilepsia, retardo mental e rigidez muscular

:: Tem dificuldade de comunicação. A fala pode não se desenvolver

:: O convívio em sociedade é prejudicado. Não sabe medir sentimentos. Assim, se algo os incomoda, não raro encontra os gritos como saída

:: Tem interesses restritos. Quando gostam de algum brinquedo, só usam aquele. Por exemplo, uma criança que só brinca com objetos quadrados e se revolta quando os redondos lhe são oferecidos

:: Não tolera mudanças